sábado, 21 de abril de 2012

...PasseAndando Por Ai XIII...

"Estou em paz, sim. Mas de uma paz que já não me ilude nem me permite descansar, falo dela como quem conta uma piada que de tão desgastada pelo tempo já nem provoca graça. Aprendi a estar em paz assim, gestando furacões. E não sofro: o que há em mim é uma aceitação sorridente e um desejo pelas coisas intensas como hão de ser, sem meios tons... Terá sido este talvez o meu maior amadurecimento dos últimos anos: uma aceitação amorosa das tempestades da vida, e o entendimento de que sim, no olho do furacão há paz. E há um princípio de felicidade que é feito fio principiando a desenrolar do novelo – para encompridar e ficar quase infinito, é preciso só aprender a puxar.

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