...Mundo Fragmentado Da Noite...

Estávamos eu e meu primo observando o buraco na parede de onde saiam várias formigas.
Elas formavam uma linha vertical em cima e em baixo do buraco
até que nós resolvemos espanta-las
e eu peguei um pedaço de pano pra fazer isto.
Quando eu chacoalhei o pano surgiram três vespas do buraco.
Elas voaram em círculos mas não nos atacaram e foi então que eu acordei...

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A fumaça estava espessa
céus nublado, mas mesmo assim eu ainda podia ver
quatro helecópteros passando um ao lado do outro acima de mim,
porém podia-se ouvir muitos mais.
Todo aquele barulho e a ventania eram muito fortes, mais que o normal
a situação era totalmente estranha.
Eu estava em cima da laje de uma casa, as aeronaves estavam sobrevoando muito baixo
e passavam muito próximos sem se chocarem para todos os lados
ate o momento que vi a cabine e bico de um avião passaram rasantes em  minha frente
e caírem no chão,
Assustei-me olhando para o céu todo enfumaçado
procurando o resto do avião
mas não pude ver nada
somente toda aquela poeira até que acordei e já não havia mais todo aquele barulho...

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...chegava ao término de uma escada subterrânea parecida com a de um metro
onde estavam o morador de rua que segurava seu cão,
um pastor alemão e abaixo encostado a seus pés encontrava-se uma bolsa azul marinho.
Assim que saiu e passou pelo homem e seu animal
o animal de súbito agarrou seu pé por inteiro
e continuou a morde-lo puxando para si
mesmo com todo o esforço para livrar-se dele prostrava-se quase a cair
foi então que notou que se cai-se despencaria em um precipício que aparecerá ali a seu lado...

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...ela segurava com o dedo polegar e o indicador
pelo casco da pequena tartaruga,
cerca de 4 cm era o espaço entre os dedos.
Segurava e sorria.
Eu olhava para ela a segurar a pequena tartaruga com minha boca totalmente fechada
até ouvir o triturar e estilhaçar de alguma coisa.
Eu me via
e ao abrir minha própria boca os dentes começaram a cair,
pulavam de minha boca e estavam quebrados
o que na verdade eram mordidos.
A pequena tartaruga estava dentro de minha boca e mordia meus dentes quebrando-os
e fazendo-os caírem.
Eram dentes brancos e sádios que voavam de minha boca
um a um após cada mordida.
Ela continuava feito quem derruba um muro ou uma barreira incansavelmente.
Foi então que reparei que os dentes caiam mas a boca continuava intacta,
eu me via
e todos os dentes continuavam nos mesmos lugares
enquanto a chuva de dentes não sessava.

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...e lá estava, a sua frente a gigantesca escadaria.
Branca feito o mármore das estátuas gregas seus pequenos degraus estendiam-se
quantitativamente tomando toda sua extensão ao horizonte.
O azul do céu e o branco das nuvens apenas podia-se ver.
Já a seus dois lados, dois muros também lisos e brancos feito mármore impediam sua visão.
A escadaria estendia-se ate onde podia-se enxergar.
A escadaria, os muros, o céu e lá estava ela,
em meio aos degraus olhava-o
e estendia seus braços chamando-lhe para junto de si.
Rapidamente seguiu em sua direção
descendo os degraus que ele
não sabia ao certo se ela subia ou descia momentos antes.
Ele encontrava-se em uma altura razoável
(assim acreditava)
porém não podia ver se existiam degraus a sua frente...

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Caminhava pelo corredor iluminado com sua querida amiga, ao lado direito dos dois encontravam-se animais sem nenhum vidro de proteção para aprisiona-los e proteger. O ambiente era de um instituto de pesquisa para vacina de animais peçonhentos. Sua companhia era a filha do doutor que produzia os soros para as picadas dos animais. Resolveram observar mais de perto e no mesmo momento o rapaz escorregou e caiu sentado em uma das divisões entre os animais. Ao observar já havia um sapo sentado em seu jeans muito bem acomodado observando-o, o sapo manteve-se imóvel até o momento em que o rapaz sacudiu sua calça e arremessou-o de volta para o seu lugar. Ao tentar se levantar escorregou novamente e caiu na divisória que estava atrás onde a garota alarmou-se pedindo para que saísse logo de lá. Quando notou o animal já estava sobre seu braço, uma pequena cobra cinza que parou sua cabeça deitada sobre seu braço observando-o com sua língua em movimentos. Mais acima havia um galho onde outro espécime descia a seu encontro. Alarmou-se pois o outro animal também era uma cobra mas está era de um tamanho assustador, sua cabeça era bem maior que o normal e sua coloração o assustava mais ainda. Totalmente negra que reluzia a luz. Ela parou no final do galho por observar que a outra cobra já estava sobre ele. Logo a garota pediu para que saísse de lá lentamente retirando o animal de cima de sí. Neste momento a pequena cobra recuou e atacou sua mão, sentiu a dor mas ao observar que a cobra negra agora estava bem mais próxima esqueceu-se da dor e no mesmo momento ela atacou-o sem sucesso mordendo a cabeça da cobra cinza varias vezes até que ele se livrou delas sacudindo-as e foi puxado com a ajuda de sua amiga que agarrou sua mão e levou-o correndo entre os corredores para que seu pai aplica-se o soro imediatamente. Acordou neste momento e conhecendo o significado do sonho de mau agouro deu seus três tapas no travesseiro pelo velho costume superticioso para espantar o pesadelo agradecido pela cobra cinza que protegera-o da imensa cobra negra. 

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Imerso numa escuridão intensa era onde se encontrava,
logo uma legião de sombras multicoloridas e sem forma apareceram
amontoando-se sobre ele e tentavam sufoca-lo porém ele não demonstrava medo algum das mesmas,
agarrava-as com seus punhos e arremesava-as para longe.
Tentavam encobri-lo e dominar seu corpo porém sua fronte mantinha-se sempre livre,
elas não tinham força suficiente para domina-lo e aos poucos ele ia se libertando cada vez mais
com os arremessos.
Acordou e sorriu pois já sabia que não podiam lhe fazer mal algum.
Virou-se e colocou-se a dormir novamente.

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Abriu o portão velho e enferrujado com lanças nas pontas e seu rangido entrando e reparando a casa que tinha uma arquitetura antiga com suas enormes portas ainda de madeira maciça onde ao lado encontrava-se uma pequena pia batismal sem água mas com um pequeno lobo de madeira marron e um ideograma branco em sua testa e ao toca-lo desmontou suas patas como um quebra-cabeças.
Tocado virou-se assustado e deparou-se com uma senhora morena de cabelos desgrenhados e grandes órbitas oculares que chamavam a atenção pelo branco, acalmou-se com seu sorriso amigável. Ela pegou o pequeno lobo, montou-o e colocou sobre as mãos do visitante instruindo-o para que não o solta-se, enroscou seu braço sobre o dele e encaminhando-o abriu o portão que encontrava-se ao lado direito da porta.
Seguiram adiante pelo corredor ao lado da casa onde a esquerda as trepadeiras dominavam o muro e a direita as paredes da casa era negras com sua tinta desgastada e mofada e ao continuarem a caminhar visualizaram o primeiro animal onde a velha senhora puxou-o firmemente dando continuidade a seu caminho passando pelo animal que não reagiu, mas ao continuarem os animais aumentavam de tamanho um a um como uma escada evolutiva começando a intriga-lo mas sendo sempre levado pelos passos da velha senhora que lhe transmitia toda segurança necessária.
Mudaram o percurso virando a esquerda dando de frente com os fundos da casa e os animais continuavam a aparecer e aproximarem-se cada vez mais raivozos. Logo mudaram o curso novamente a esquerda entrando em um corredor similar ao da entrada e seguiram, o visitante ainda portava o lobo em suas mãos achando a situação muito estranha.
Ao Chegarem ao final do corredor portava-se um enorme Leão com suas enorme presas muito bem a vista fazendo com que o visitante paraliza-se até o momento que a velha senhora pediu para que continua-se e não se preocupa-se e assim seguiram o caminho passando pelo Leão que demonstrava sua ferocidade até levantar-se e seguir de encontro a sua direção onde esbarrou no seu braço e seguiu adiante. Ao olhar para traz não havia mais sinal algum do animal e encontravam-se novamente na porta da velha casa onde depositou o Lobo novamente na pia batismal e foi encaminhado ao portão de saida pela velha senhora que lhe disse que o medo estava dentro de sí próprio.

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...na cozinha antes da reforma da casa amontoavam-se,
amores não correspondidos, correspondidos e até desconhecidos
onde a indiferença fez-me dirigir-se ao quarto.
Velho guarda-roupas com espelho ao meio e no lado a velha cama de casal onde jazia sentada mais uma, exibindo esforços em vão.
Logo ela surgiu a porta, caminhou e agachou-se apoiando as mãos em meus joelhos, fitou-me sem a necessidade de palavras. Deitamo-nos lado a lado fitando-se mudos.
Beijei-a devorando seus lábios entre as caricias com a língua
segurando sua cintura como um imã atraindo-a. Deslizei sobre seu vestido encontrando suas belas finas pernas, alisando as costas das mesmas subiram minhas mãos lentamente invadindo os aposentos do seu vestidos com belas rendas.
Deslizei sobre suas curvas lentamente apoderando-se de seu membro que encaixava-se perfeita nas minhas mãos unindo-a a mim com a flor do erotismo já a pele em movimentos selvagemente condicionados.
O cochilo terminara
mas as lembranças do sonho
relembravam perfeitamente o gosto do beijo há muito já esquecido.

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Ao fundo a Natureza que migrava.
Entre a Rocha e a Árvore um caminho ao meio que separava "dois mundos".
Água cristalina desviava para a pequena piscina ladrilhada de cubos azuis claros
onde me encontrava na soleira a apreciar a Água.
Veio em minha direção,
parou bem a minha frente e nos observamos
Calmos & Silenciosos.
Minúsculas manchas vermelhas
onde o branco aperolado das escamas sobresaiam-se ao brilho do Sol.
A cobiça chegou e invadiu a Água sem sucesso de captura.
Ela desviava-se e sempre retornava a me fitar sem medo dos perseguidores
onde acordei maravilhado com sua enorme beleza.

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O turbilhão era tão forte que eu mal
tinha noções do tempo decorrido.
...agora... ...antes... ...depois...
Lá,
eu estava ropiando no meio do imenso ciclone aquático,
na visão aquática algum navio afundando,
pesado mas lento... ...turvo,
meu corpo sem gravidade perdendo a noção total de sua própria massa
devido voltas e piruetas com uma força extraordinária.
...um arremesso e o mergulho brusco...
acordei...

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JJr.

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